Yaguaretéa

Yaguaretéa





Melhor Atriz- Adulto - FETEAPP- 2013
2º Melhor Espetáculo - Adulto - FETEAPP - 2013
 Melhor atriz no Festival Nacional de Teatro de Ipitanga – Bahia – 2012
Melhor atriz no Festival Municipal de Limeira 2010
2ºmelhor espetáculo no Festival Municipal de Limeira 2010









A Pantera 

De tanto olhar as grades seu olhar esmoreceu e nada mais aferra. 

Como se houvesse só grades na terra grades , apenas grades para olhar.. 
A onda flexível e andante do seu vulto em círculos concêntricos decresce, 
dança de força em torno a um ponto oculto no qual um grande impulso se aferrece. 
De vez em quando o fecho da pupila se abre em silêncio.
Uma imagem, então, na tensa paz dos músculos se instila para morrer no coração 


Rainer Maria Rilke, in. Jardin des Plantes, Paris 
Tradução: Augusto de Campos

Uma mulher aprisionada em sua solidão. 
Um círculo que a rodeia. Um ritual. 
Um auto - encarceramento.
Caminhos que sempre são iguais. 
A conversa incontestável com alguém que nunca esteve e nunca estará. 
Sua única possibilidade de sobre vivência, ser Yaguaretéa. 
Uma mulher/ iuaretê proteica, um ser dividido, esquizofrênico, entre o mundo harmoniosamente cruel dos animais e o inarmoniosamente cruel dos humanos.
Iuaretê , palavra Tupi-gauarani, cujo significado é: “ a onça verdadeira”







A onça é um ser solitário por 

natureza. É territorial. Caçador temido pela sua sagacidade. É astuta, feroz, ágil. Pele de onça é troféu valioso e muito procurado. Em vista disso, suas proprietárias, para salvar a pele, foram afastando-se dos locais mais frequentados por homens, de modo que, hoje em dia, Para encontrar uma delas é preciso ir procurar bem no fundo das grandes matas.

Este espetáculo fala da solidão do ser humano, mesmo que rodeado de pessoas. Reflexiona sobre o paradoxo entre proteger-se e autoaprisionar-se, sobre a luta por sobreviver perante a crueza e a crueldade inerentes a nossa existência. 


É um conto em primeira pessoa. Traz o espectador para perto do narrador, como se fosse um sussurro , como um animal que se aproxima à sua presa. Devagar, conhecendo cada um de seus movimentos, prevendo cada um de seus pensamentos. 


Um ato compartilhado. A estrutura cênica é circular. A atriz constrói a sua volta um espaço próprio, um círculo cerimonial, um rito, que a protege e ao mesmo tempo, a encarcera. 

O público forma um segundo circulo em volta do primeiro. Ao mesmo tempo que se protegem, são testemunhas do outro que também observa. Uns aos outros.

A criação deste espetáculo é o fruto do processo de pesquisa iniciado pela atriz em 2007. As finalidades desta pesquisa são, de uma parte, a busca e ampliação de elementos expressivos disponíveis no universo pessoal do ator e o contacto com a energia extra-cotidiana através do treinamento psicofísico baseado na Arte Marcial Indiana Kalarippayatt.

Equipe Artística:

Criação , direção e performance : Paula Ibáñez

Idioma: Português/Castelhano ( este espetáculo pode ser realizado em qualquer deste dois idiomas)

Texto: Livre adaptação baseada na tradução de Valquiria Wey do conto “Meu tio o Iuareté” de Guimarães Rosa.

Fotografia: Ana Garcia Jimenez

Duraçao : 45 minutos

14 anos

Necessidades técnicas: A ação teatral se desenvolve em um espaço de arena , com o público situado em volta do espaço cênico. O círculo para o desenvolvimento da ação deve ter um diâmetro de 6m.

Contatos:

Paula Ibáñez

amalgamateatral@gmail.com

www.amalgamateatral.blogspot.com



Video Yaguaretéa - fragmentos

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